Reconheço, a luta sempre foi um forçar da barreira que o umbigo criou ao redor do teu olhar. Olhar que ao se distrair, me pego a furtar o veneno que aos teus lábios adornam.
Contra a boca, tentei em vão repartir a derradeira gota que restou da partida forçada. Tolo, detive as horas para distender a madrugada que me ampara a incerteza do reencontro.
Buscando um mundo diferente, de novo evitas o olhar que te busca no decalcar do passado anunciado. Nada detêm teus passos de querer distância.
Era dessa morte que os poetas falavam? Agora que a escuridão se abateu sobre o meu peito, só me resta me contemplar por dentro.
Lá ao fundo da gruta de mim carrego o candeeiro que projeta nexo entre duas friezas. E mais uma vez fraquejo os joelhos pelo peso de carregar o luar na memória do teu olhar.
Movo nova lágrima em pulsações de quem perdeu a luta contra saudade e por fim aceito o adeus.
Enviar um comentário